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Lula irá assinar decreto para o Brasil comprar energia da Venezuela
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O atual presidente está no Amazonas, em Parintins para retomar o programa Luz para Todos.
- Por Camilla Ribeiro
- 04/08/2023 14h49 - Atualizado há 1 ano
Nesta sexta-feira (4), o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou para o Amazonas.
O intuito da viagem é colocar em prática novamente o programa Luz para Todos.
Nos primeiros meses da antiga gestão, do ex-presidente Jair Bolsonaro, o fornecimento foi cancelado e nunca mais entrou em vigor.
Juntamente com Lula está o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Durante a cerimônia, o petista vai assinar um decreto de autorização para que o Brasil volte a importar energia elétrica da Venezuela.
“O decreto permitirá realizar contratos para a trazer energia limpa e renovável da Venezuela, da usina de Guri, que volta a ter um papel importante para garantir energia barata e sustentável para Roraima e para o Brasil”, disse o ministro.
A expectativa é que esse projeto possa melhorar, em especial, o meio eletroenergético do estado de Roraima.
O ministro relatou que a parada do programa durante o governo Bolsonaro foi uma atitude ideológica e quem saiu perdendo foi a população.
A energia da Venezuela, segundo Alexandre Silveira, é cerca de R$100 por megawatt-hora (MWh), e é renovável.
“Uma decisão distorcida do interesse público deixou de comprar essa energia de Guri e passou a comprar energia de três usinas: duas a gás e uma a óleo, colocando mais de 40 caminhões por dia na BR-174 levando óleo diesel até a usina”, disse Alexandre.
A lei impõe políticas para “integração eletroenergética com outros países”. Para o ministro, será fundamental para revigorar a linha de transmissão entre Brasil e Venezuela.
Luz para Todos
“São 500 mil pessoas ainda a saírem da pobreza energética. Até 2026 nós queremos eliminar completamente a questão do acesso à energia. Aí, sim, partiremos para outros desafios, por exemplo, como readequarmos e levarmos energia mais barata a essas populações”, relatou Silveira.
O projeto irá dar destaque na região da Amazônia, onde possui maior quantidade de moradias sem energia elétrica, de acordo com o IBGE.